A resposta às desigualdades socioeconómicas como base para a paz: uma abordagem alternativa aos conflitos? 10.5102/uri.v11i2.2524

Daniela Nascimento

Resumo


Desde o final da Guerra Fria, o imperativo da paz liberal tornou-se um fim em si mesmo defendido com o intuito de legitimar os meios usados nas tentativas de prevenir e/ou resolver conflitos em sociedades étnica e religiosamente divididas, dando lugar a algumas contradições nas práticas atuais em matéria de peacebulding, visando construir paz. A ampliação dos esforços e estratégias da paz liberal face a conflitos violentos tem sido vista não só como uma solução para as complexidades das chamadas ‘novas guerras’ das periferias através da promoção de processos de liberalização, democratização e promoção dos direitos humanos mas também como uma espécie de projeto hegemónico levado a cabo por, e de acordo com, as normas, poder e interesses das grandes potências (Richmond, 2007: 75). Reconhecendo a necessidade de desconstruir visões simplistas sobre o papel dos fatores étnicos e religiosos com causas de conflito violento interno frequentemente assumidas e partilhadas por muitos dos atores envolvidos nestes processos, neste artigo argumentamos que a resolução eficaz deste tipo de conflitos e a promoção de dinâmicas de paz mais estrutural e sustentável implica evitar modelos e conceitos acríticos e, acima de tudo, responder às desigualdades sociais e económicas mais profundas e complexas que estão frequentemente em causa.

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DOI: https://doi.org/10.5102/uri.v11i2.2524

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ISSN 1807-2135 (impresso) - ISSN 1982-0720 (on-line) - e-mail: universitas.rel@uniceub.br

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