Hércules, Hermes e a Pequena Sereia: uma reflexão sobre estereótipos de gênero, subpresentação das mulheres nos tribunais e (i) legitimidade democrática do poder judiciário

Jane Reis Gonçalves Pereira, Renan Medeiros de Oliveira

Resumo


O presente artigo tem por objetivo explorar as correlações entre os estereótipos de gênero, déficits de representatividade feminina nas cúpulas do poder judiciário e o debate sobre a (i)legitimidade democrática deste ramo de poder. Em primeiro lugar, apresentamos a divisão público-privado na teoria feminista e analisamos os arquétipos do juiz ideal na teoria jurídica. Para isso, recorremos à metodologia da revisão bibliográfica. Em sequência, fazemos um levantamento de dados sobre a composição dos órgãos de cúpula do poder judiciário, com foco nos tribunais superiores e na justiça federal, que demonstram baixa representatividade de gênero e indicam uma tendência à estratificação na composição desses setores. Por fim, com base na análise dos dados, desenvolvemos a tese prescritiva de que o incremento da diversidade na composição da magistratura é um requisito para a afirmação da sua legitimidade democrática. Em conclusão, formulamos uma defesa não essencialista do equilíbrio de gênero na composição dos órgãos do judiciário, escorada na premissa de que a diversidade nos órgãos estatais é uma exigência do princípio democrático. A conexão entre representatividade como pressuposto da legitimidade democrática do judiciário é um tópico ainda pouco explorado, que ganha relevância no contexto em que se dissemina a ideia de que as cortes constitucionais têm papel representativo.

Palavras-chave


Diversidade de Gênero; Poder Judiciário; Legitimidade Democrática

Texto completo:

PDF

Referências


A TRAJETÓRIA da primeira mulher a integrar o Supremo. Consultor Jurídico, São Paulo, ago. 2011. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2011-ago-11/ellen-gracie-trajetoria-primeira-mulher-integrar-supremo. Acesso em: 29 maio 2018.

ABRAHAMSON, Shirley S. The woman has robes: four questions. Golden Gate Law Review, v. 14, n. 3, p. 489-503, 1984.

ALEGRETTI, Laís. Plenário do Senado terá banheiro feminino 55 anos após inauguração. Brasília. 2016. Disponível em: http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/01/plenario-do-senado-tera-banheiro-feminino-55-a-nos-apos-inauguracao.html. Acesso em: 27 maio 2018.

ALEXY, Robert. Balancing, constitutional review and representation. International Journal of Constitutional Law, v. 3, n. 4, p. 572-581, out. 2005.

ALMEIDA, Maria Cândida. Mulheres, vieses implícitos e o judiciário. Jota, mar. 2018. Disponível em: https://www.jota.info/opiniao-e-analise/artigos/mulheres-vieses-implicitos-e-o-judiciario-12032018. Acesso em: 29 maio 2018.

ALMEIDA, Rodolfo; ZANLORENSSI, Gabriel. Gênero e raça de estudantes do ensino superior no Brasil por curso e área. Nexo Jornal, dez. 2017. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/grafico/2017/12/13/Gênero-e-raça-de-estudantes-do-ensino-superior-no-Brasil-por-curso-e-área. Acesso em: 29 maio 2018.

ALVES, Clara da Mota Santos Pimenta. Gênero, espaço público e poder: uma análise sobre a composição das comissões examinadoras de concurso da magistratura. Revista Publicum, Rio de Janeiro, v. 3, n. 1, p. 352- 370, 2017.

AMOSSY, Ruth (Org.). Imagens de si no discurso: a construção do ethos. São Paulo: Contexto, 2005.

ARAUJO, Heloisa Bianquini. Qual o gênero do Supremo?: diálogo institucional nas sabatinas para o STF, poder e profissionalismo. 2015. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Direito) – Escola de Formação da Sociedade Brasileira de Direito Público, São Paulo, 2015.

BANAJI, M.; GREENWALD, A. Blindspot: hidden biases of good people. New York: Delacorte Press, 2013.

BARROSO, Luís Roberto. Contramajoritário, representativo e iluminista: os papeis dos tribunais constitucionais nas democracias contemporâneas. Direito & Práxis, Rio de Janeiro, 2017.

BARROSO, Luís Roberto; MENDONÇA, Eduardo. A razão sem voto: o Supremo Tribunal Federal e o governo da maioria. Revista Brasileira de Políticas Públicas, v. 5, p. 23-50, 2015.

BARROSO, Luís Roberto; MENDONÇA, Eduardo. Retrospectiva 2012: STF entre seus papéis contramajoritário e representativo. 2012. Disponível em: http://www.conjur.com.br/2013-jan-03/retrospectiva-2012-stf-entre-papeis-contramajoritario-representativo. Acesso em: 27 maio 2018.

BASILE, Juliano. Para presidente do STF, tribunal supre deficiências do Legislativo. Valor Econômico, São Paulo, jun. 2008. Disponível em: http://www.valoronline.com.br/valoreconomico/285/primeirocader-no/politica/Para+o+presidente+do+STF+tribunal+supre+deficiencias+do+Legislativo,,,60,4973950.html?highlight=&newsid=4973950&areaid=60&editionid=2023. Acesso em: 27 maio 2018.

BENHABIB, Seyla. Situating the self: gender, community and postmodernity in contemporary ethics. Cambridge: Polity, 1992.

BERNADETE Pedrosa, a primeira mulher a ser admitida como professora da Faculdade de Direito do Recife em 1965. 2018. Disponível em: https://www.ufpe.br/arquivoccj/curiosidades/-/asset_publisher/ x1R6vFfGRYss/content/1965-primeira-professora-de-direito-no-recife/590249. Acesso em: 29 maio 2018.

BERNS, Sandra. To speak as a judge: difference, voice and power. Dartmouth: Ashgate, 1999.

BOBBIO, Norberto. O positivismo jurídico: lições de filosofia do direito. São Paulo: Ícone, 1995.

BÖCKENFÖRDE, Ernst-Wolfgang. Democracia y representación: crítica a la discusión actual sobre la democracia. In: BÖCKENFÖRDE, Ernst-Wolfgang. Estudios sobre el Estado de Derecho y la democracia. Madrid: Trotta, 1993.

BOHNET, Iris. What works: gender equality by design. London: Harvard University Press, 2016.

BOLTON, Sharon C.; MUZIO, Daniel. Can’t live with ’Em; Can’t Live without ’Em: gendered segmentation in the legal profession. Sociology, Chicago, v. 41, n. 1, p. 47-64, 2007.

BONELLI, Maria da Glória. Profissionalismo e diferença de gênero na magistratura paulista. Civitas, Porto Alegre, v. 10, n. 2, p. 270-292, maio/ago. 2010.

BONELLI, Maria da Glória. Profissionalismo, gênero e significados da diferença entre juízes e juízas estaduais e federais. Contemporânea, n. 1, p. 103-123, jan./jun. 2011.

BOURDIEU, Pierre. Distinction: a social critique of the judgment of taste. Cambridge: Harvard University Press, 1984 [1979].

BOURDIEU, Pierre. Esboço de uma teoria da prática: precedido de três estudos de etnologia kabila. Oeiras: Celta, 2002 [1972].

BOURDIEU, Pierre. The logic of practice. Cambridge: Polity Press, 1990 [1980].

BOYD, Christina L.; EPSTEIN, Lee; MARTIN, Andrew D. Untangling the causal effects of sex on judging. American Journal of Political Science, v. 54, n. 2, p. 389-411, 2010.

BRAH, Avtar. Diferença, diversidade e diferenciação. Cardenos Pagu, Campinas, v. 26, p. 329-376, jan./jun. 2006.

BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Censo do Poder Judiciário: VIDE: Vetores iniciais e dados estatísticos. Brasília: CNJ, 2014.

CAMARGO, Margarida Maria Lacombe. Interpretação constitucional. In: CAMARGO, Margarida Maria Lacombe (Org.). 1988-1998: uma década de constituição. Rio de Janeiro: Renovar, 1999.

CAMERER, Colin F.; LOEWENSTEIN, George; RABIN, Matthew (Eds.). Advances in behavioral economics. Princeton: Princeton University Press, 2004.

CECCHI-DIMEGLIO, P. How gender Bias corrupts performance reviews, and what to do about it. Harvard Business Review, apr. 2017. Disponível em: https://hbr.org/2017/04/how-gender-bias-corrupts-per-formance-reviews-and-what-to-do-about-it. Acesso em: 29 maio 2018.

COLBY, Anne; DAMON, William. Listening to a different voice: a review of Gilligan’s “in a different voice”. Merrill-Palmer Quarterly, v. 29, n. 4, p. 473-481, oct. 1983.

COMISSÃO AJUFE MULHERES. Nota Técnica: AJUFE mulheres 01/2017: resultados da pesquisa para se conhecer o perfil das associadas da AJUFE. Brasília: AJUFE Mulheres, 2017.

CONAGHAN, J. Reassessing the Feminist Theoretical Project in law. Journal of Law & Society, v. 27, n. 3, p. 351-385, 2000.

CONHEÇA a primeira mulher a ocupar o cargo de juíza no país. Donna, out. 2008. Disponível em: http:// revistadonna.clicrbs.com.br/noticia/conheca-a-primeira-mulher-a-ocupar-o-cargo-de-juiza-no-pais. Acesso em: 29 maio 2018.

CORBO, Wallace. Discriminação indireta: conceito, fundamentos e uma proposta de enfrentamento à luz da Constituição de 1988. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2017.

CRENSHAW, Kimberlé Williams; CHO, Sumi; MCCALL, Lesli. Demarginalizing the intersection of race and sex: a black feminist critique of antidiscrimination doctrine, feminist theory and antiracist politics. The University of Chicago Legal Forum, v. 139, p. 139-167, 1989.

CRENSHAW, Kimberlé Williams; CHO, Sumi; MCCALL, Lesli. Mapping the margins: intersectionality, identity politics, and violence against women of color. Stanford Law Review, v. 43, n. 6, p. 1241-1299, 1991.

CRENSHAW, Kimberlé Williams; CHO, Sumi; MCCALL, Lesli. Toward a field of intersectionality studies: theory, applications, and praxis. Signs: Journal of Women in Culture and Society, v. 38, n. 4, p. 785-810, 2013.

CRUZ, Adriana Alves dos Santos; ALVIM, Alcione Escobar da Costa. As questões raciais e poder judiciário: enfrentamentos necessários. In: PIMENTA, Clara Mota et al (Orgs.). Magistratura e equidade: estudos sobre gênero e raça no poder judiciário. Belo Horizonte: D’Plácido, 2018.

DANNENBAUM, Tom. Nationality and the international judge: the nationalist presumption governing the international judiciary and why it must be reversed. Cornell International Law Journal, v. 45, p. 77-184, 2012.

DAVIDSON, M. J.; COOPER, C. L. Shattering the glass ceiling: the woman manager. London: Paul Chapman Publishing, 1992. DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.

D’ELLA, Mirella. Ministra quebra tradição e usa calça no STF. Brasília. 2007. Disponível em: http://g1.globo. com/Noticias/Politica/0,,MUL11565-5601,00-MINISTRA+QUEBRA+TRADICAO+E+USA+CALCA +NO+STF.html. Acesso em: 27 maio 2018.

DUARTE, Cláudia Türner Pereira. O sistema familiar na teoria política: repensando o lugar da criança na teoria da justiça. 2016. Dissertação (Mestrado em Direito) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.

DWORKIN, Ronald. O império do direito. São Paulo: Martins Fontes, 1999. EISGRUBER, Christopher L. Constitutional self-government. Cambridge: Harvard University Press, 2001.

FEENAN, Dermot. Editorial introduction: women and judging. Feminist Legal Studies, v. 17, p. 1-9, 2009.

FLATOW, Nicole. Ruth Bader Ginsburg: male justices don’t understand what hobby lobby meant for wo men. Think Progress, jul. 2014. Disponível em: thinkprogress.org/justice/2014/07/31/3466213/ruth-bader-ginsburg-male-justices-dont-understand-what-hobby-lobby-meant-for-women. Acesso em: 29 maio 2018.

FRAGALE FILHO, Roberto; MOREIRA, Rafaela Selem; SCIAMMARELLA, Ana Paula de O. Magistratura e gênero: um olhar sobre as mulheres nas cúpulas do judiciário brasileiro. E-cadernos CES, n. 24, p. 57-77, 2015.

FRANK, Jerome. The cult of the robe. In: FRANK, Jerome. Courts on trial: myth and reality in american justice. Princeton: Princeton University Press, 1973.

GILLIGAN, Carol. In a different voice: psychological theory and women’s development. Cambridge: Harvard University Press, 2003.

GREENO, Catherine G.; MACCOBY, Eleanor E. How different is the “different voice”?. Signs, v. 11, n. 2, p. 310-316, 1986. GUEDES, Moema de Castro. A presença feminina nos cursos universitários e nas pós-graduações: desconstruindo a idéia da universidade como espaço masculino. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 15, p. 117-132, jun. 2008.

GUIMARÃES, Lúcia Maria Paschoal; FERREIRA, Tania Maria Tavares. Myrthes Gomes de Campos (1875- ?): pioneirismo na luta pelo exercício da advocacia e defesa da emancipação feminina. Revista do Instituto de Estudos de Gênero, Niterói, v. 9, n. 2, p. 135-151, 2009.

GVOZDANOVIC, J. Implicit bias in academia: a challenge to the meritocratic principle and to women’s career – and what to do about it. League of European Research Universities, n. 23, 2018.

HALE, Brenda. Lady Hale gives the Fiona woolf lecture for the women lawyers’ division of the Law Society: women in the Judiciary. 2014. Disponível em: https://www.supremecourt.uk/docs/speech-140627.pdf. Acesso em: 27 maio 2018.

HANISCH, Carol. The personal is political. Disponível em: http://www.carolhanisch.org/CHwritings/PIP. Acesso em: 30 maio 2018.

HARVEY, John. Homens de preto. São Paulo: Unesp, 1995. HEIDENSOHN, Frances (Ed.). Gender and justice: new concepts and approaches. Portland: Willan Publishing, 2006.

HIRATA, Helena. Gênero, classe e raça: interseccionalidade e consubstancialidade das relações sociais. Tempo Social, São Paulo, v. 26, n. 1, p. 61-73, 2014.

HOOKS, Bell. Ain’t i a woman: black women and feminism. Boston: South End Press, 1981.

HOOKS, Bell. Feminism is for everybody: passionate politics. London: Pluto Press, 2000.

HOOKS, Bell. Teaching to transgress: education as the practice of Freedom. New York: Routledge, 1994.

HUNTER, Rosemary C.; SHOBEN, Elaine W. Disparate impact discrimination: american oddity or internationally accepted concept? Berkley Journal of Employment and Labor Law, v. 19, n. 1, p. 108-152, 1998.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS. Censo da Educação Superior 2015: resumo técnico. Brasília: INEP, 2018.

INTITUTO BRASILEITO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil. Estudos e Pesquisas - Informação Demográfica e Socioeconômica, n. 38, 2018.

ISAULA, Rodolfo. Toga de jueces, um luto de siglos. El Heraldo, abr. 2014. Disponível em: http://www. elheraldo.hn/alfrente/566256-209/toga-de-jueces-un-luto-de-siglos. Acesso em: 31 maio 2018.

ITO, Marina; SCRIBONI, Marília. Em pouco tempo, mulheres estarão na cúpula da Justiça. Consultor Jurídico, mar. 2012. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2012-mar-08/aumenta-numero-mulheres-direito-sao-chegam-cupula. Acesso em: 28 maio 2018.

KAHNEMAN, Daniel; TVERSKY, Amos. The simulation heuristic. In: KAHNEMAN, Daniel; TVERSKY, Amos; SLOVIC, P. (Org.). Judgment under uncertainty: heuristics and biases. New York: Cambridge University Press, 1982.

KAHNEMAN, Daniel; TVERSKY, Amos. Thinking, fast and slow. New York: Farrar Straus Giroux, 2013.

KENNEDY, Walter B. The cult of the robe: a dissent. Fordham Law Review, v. 14, n. 2, p. 192-196, 1945.

KENNEY, Sally J. Gender & justice: why women in the judiciary really matter. New York: Routledge, 2012.

KENNEY, Sally J. Thinking about gender and judging. International Journal of the Legal Profession, v. 15, n. 1-2, p. 87-110, mar./jul. 2008.

LEE, Connie. Gender Bias in the Courtroom: combating implicit Bias against women trial attorneys and litigators. Cardozo Journal of Law & Gender, v. 22, n. 229, p. 229-252, 2016.

MALLESON, Kate. Justifying gender equality on the bench: why difference won’t do. Feminist Legal Studies, v. 11, p. 1-24, 2003.

MELLO, Patrícia Perrone Campos. Nos bastidores do Supremo Tribunal Federal: Constituição, emoção, estratégia e espetáculo. São Paulo: GEN, 2015.

MELLO, Patrícia Perrone Campos. Quando julgar se torna um espetáculo: a interação entre o Supremo Tribunal Federal e a opinião pública, a partir de reflexões da literatura estrangeira. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 14, n. 1, p. 402-423, 2017.

MELO, Hildete Pereira de; THOMÉ, Débora. Mulheres e poder: histórias, ideias e indicadores. Rio de Janeiro: FGV, 2018. MELO, Mônica de; NASTARI, Marcelo; MASSULA, Letícia. A participação da mulher na magistratura brasileira. Disponível em: http://www.spm.gov.br/assuntos/poder-e-participacao-politica/programas-acoes/ desigualdades-entre-mulheres-e-homens/judiciario/dados_parciais_de_1999_a_20.pdf?TSPD_101_R0=5 8c632ceeac2b962cdb498af875432cdoB200000000000000000c279eb1ffff000000000000000000000000000 05b11ef5d001b0182d8. Acesso em: 28 maio 2018.

MENKEL-MEADOW, Carrie. Portia in a different voice: speculations on a women’s lawyering process. Berkley Journal of Gender, Law & Justice, v. 1, n. 1, p. 39-63, 1985.

MILL, John Stuart. The subjection of women. Indianapolis: Hackett Publishing Company, 1988.

MOORE, Dorothy Perrin; BUTTNER, E. Holly. Women entrepreneurs: moving beyond the glass ceiling. Thousand Oaks: SAGE Publications, 1997.

MORRE primeira mulher a ocupar cargo de ministra no TST. Consultor Jurídico, abr. 2008. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2008-abr-23/morre_primeira_mulher_ocupar_cargo_ministra_tst. Acesso em: 28 maio 2018.

MORRISON, Ann M.; WHITE, Randall P.; VELSOR, Ellen Van. Breaking the glass ceiling: can women reach the top of America’s largest corporations?. 2. ed. Beverly: Basic Books, 1994.

MOTTA, Francisco J. Borges. Levando o direito a sério: uma crítica hermenêutica ao protagonismo judicial. Florianópolis: Conceito, 2010.

MULHERES são maioria em universidades e cursos de qualificação. 2016. Disponível em: cacao?TSPD_101_R0=146a5e670db17b1d43690f8f65521871n6o00000000000000000c279eb1ffff0000000 0000000000000000000005b117bb600ea8281fc>. Acesso em: 29 maio, 2018.

MULHERES são maioria no ingresso e na conclusão de cursos superiores. 2017. Disponível em: http:// www.brasil.gov.br/editoria/educacao-e-ciencia/2015/03/mulheres-sao-maioria-no-ingresso-e-na-conclusao-de-cursos-superiores?TSPD_101_R0=dee602bb551a76a45283dee5ab5e0d4cc1Q00000000000000000 c279eb1ffff00000000000000000000000000005b11770d0076024db4. Acesso em: 29 maio 2018.

NEGOWETTI, N. E. Implicit Bias and the legal profession’s ‘diversity crisis’: a call for self-reflection. Nevada Law Journal, Las Vegas, v. 15, p. 431-460, 2015.

NONATO, Israel. O Supremo não é oráculo: conversas acadêmicas com Jane Reis. 2013. Disponível em: http://www.osconstitucionalistas.com.br/jane-reis-o-supremo-nao-e-oraculo. Acesso em: 29 maio 2018.

NUSSBAUM, Martha C. Sex & social justice. Oxford: Oxford University Press, 1999.

OKIN, Susan Moller. Gênero, o público e o privado. Estudos feministas, Florianópolis, v. 16, n. 2, p. 305-332, maio/ago. 2008.

OKIN, Susan Moller. Justice, gender and the family. New York: Basic Books, 1989.

OLIVEIRA, Rafael Tomaz de. Decisão judicial e o conceito de princípio: a hermenêutica e a (in)determinação do direito. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2008.

OST, François. Júpiter, Hércules, Hermes: tres modelos de juez. Doxa: Cuadernos de Filosofía del Derecho, n. 14, p. 169-194, 1993.

PATEMAN, Carole. The sexual contract. Stanford: Stanford University Press, 1988.

PEREIRA, Jane Reis Gonçalves. Representação democrática do Judiciário: reflexões preliminares sobre os riscos e dilemas de uma ideia em ascensão. Juris Poiesis, Rio de Janeiro, v. 17, p. 343-359, 2014.

PEREIRA, Jane Reis Gonçalves. Retrospectiva Direito Constitucional 2008: a expansão do Judiciário e o constitucionalismo cosmopolita. Revista Direito do Estado, v. 13, p. 23-53, 2008.

PHILLIPS, Anne. The politics of presence. Oxford: Oxford University Press, 1995.

PITKIN, Hannah Fenichel. The concept of representation. Berkeley: University of California Press, 1967.

PODER Legislativo: porcentagem de mulheres no órgão legislativo nacional: Câmara baixa ou única. 2018. Disponível em: https://oig.cepal.org/pt/indicadores/poder-legislativo-porcentagem-mulheres-no-orgao-legislativo-nacional-camara-baixa-ou. Acesso em: 30 maio 2018.

POGREBINSCHI, Thamy. Judicialização ou representação: política, direito e democracia no Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

RACKLEY, Erika. Representations of the (woman) judge: Hercules, the little mermaid, and the vain and naked Emperor. Legal Studies, v. 22, n. 4, p. 602-624, nov. 2002.

RACKLEY, Erika. Women, judging and the Judiciary: from difference to diversity. New York: Routledge, 2013.

RAWLS, John. A theory of justice. Cambridge: Harvard University Press, 2003.

ROXO, Sérgio. Barroso diz que Constituição deve ser interpretada em ‘sintonia com o sentimento social’. O Globo, abr. 2018. Disponível em: https://oglobo.globo.com/brasil/barroso-diz-que-constituicao-deve-ser-interpretada-em-sintonia-com-sentimento-social-22549589. Acesso em: 31 maio 2018.

SALDANHA, Nelson. O jardim e a praça: ensaio sobre o lado privado e o lado público da vida social e histórica. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1986.

SCHULTZ, Ulrike; SHAW, Gisela (Ed.). Gender and judging. Oxford: Hart Publishing, 2013.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 71-99, jul./dez. 1995.

SENCHUK, D. M. Listening to a different voice: a feminist critique of Gilligan. Studies in Philosophy and Education, v. 10, n. 3, p. 233-249, 1990.

SONGER, Donald R. The transformation of the Supreme Court of Canada: an empirical examination. Toronto: University of Toronto Press, 2008.

STRECK, Lenio. O pós-positivismo e os propalados modelos de juiz (Hércules, Júpiter e Hermes) - dois decálogos necessários. Revista de Direitos e Garantias Fundamentais, v. 7, p. 15-45, 2011.

SUNSTEIN, Cass R. Why nudge: the politics of libertarian paternalism. New Haven: Yale University Press, 2014.

THALER, Richard H. Misbehaving: the making of behavioral economics. New York: W. W. Norton & Company, 2016.

THALER, Richard H.; SUNSTEIN, Cass R. Nudge: improving decisions about health, wealth, and happiness. New Haven: Yale University Press, 2008.

TIERNEY, Stephen. We the peoples: constituent power and constitutionalism in plurinational states. In: WALKER, Neil; LOUGHLIN, Loughlin (Org.). The paradox of Constitutionalism. Oxford: Oxford University Press, 2007. p. 229-246.

TVERSKY, Amos; KAHNEMAN, Daniel. The framing of decisions and the psychology of choice. Science, v. 211, p. 453-458, 1981.

UNITED NATIONS. The world’s women 2015. 2015. Disponível em: https://unstats.un.org/unsd/gender/chapter4/chapter4.html. Acesso em: 10 maio 2018.

UNITED NATIONS. Women in politics: 2017. 2017. Disponível em: https://www.ipu.org/resources/pu-blications/infographics/2017-03/women-in-politics-2017. Acesso em: 30 maio 2018.

WACQUANT, Loïc. Esclarecer o habitus. Educação & Linguagem, ano 10, n. 16, p. 63-71, jul./dez. 2007.

WALKER, Peter. Don’t rush gender equality in UK judiciary, says supreme court judge. The Guardian, sep. 2015. Disponível em: https://www.theguardian.com/law/2015/sep/22/gender-equality-warning-uk-legal-profession-supreme-court-judge-jonathan-sumption. Acesso em: 31 maio 2018.

WILLBORN, Steven L. The disparate model of discrimination: theory and limits. American University Law Review, v. 34, p. 799-839, 1985.

WILSON, Bertha. Will women judges really make a difference? Osgoode Hall Law Journal, v. 28, n. 3, p. 507- 522, 1990.

WITT, Charlotte (Coord.). Feminist metaphysics: explorations in the ontology of sex, gender and the self. Londres: Springer, 2011.

YOUNG, Iris Marion. Representação política, identidade e minorias. Lua Nova, São Paulo, n. 67, p. 139-190, 2006.




DOI: https://doi.org/10.5102/rbpp.v8i2.5358

ISSN 2179-8338 (impresso) - ISSN 2236-1677 (on-line)

Desenvolvido por:

Logomarca da Lepidus Tecnologia